sábado, outubro 07, 2006

Sinta a fúria

Sinta a fúria que brota de minhas veias,
Ouça o grito que não morre calado
Veja a energia que brota e vai pelo ralo

Sinta a fúria com toda a desolação
perceba os pés como saem do chão
encontre em si, ao mesmo tempo, o inimigo e o irmão.

Esse ódio que da tristeza faz parte
e que devassa, não respeita nenhuma parte,
é um disparate.

Força tosca que explode e se encorpa,
força forte que quer se libertar,
força má que existe por não amar.

Grito, hecatombe nuclear, ferro a queimar incandescente
desesperando os pequeninos humanos, a mão do gigante

Ah!! E tudo isso não pode a fúria representar!

Fogo, caos desordem e peste! Mar vermelho de gritos, agonia e morte.
revolução sangrenta, olhos revirando-se, raiva, muita raiva!
Terra em chamas, céu de enxofre e ar em plasma.

E tente entender agora, que é por isso, por tudo isso.
Que eu só quero agora o refúgio eremita do meu eu:
Terra cinzenta, sem paixão, onde apagarei o fogo da fúria
como minhas lágrimas ao chão.