terça-feira, maio 01, 2007

Nunca mais

Às vezes é como se o frio da solidão na escuridão imensa do vácuo dominasse.
Procurando por algo que aos velhos tempos a lembrança turva remonta.
Vazio... não; menos, muito menos. Contradição de cheio.

Se ao menos esperasse o tempo.
Se não se apagasse o viço.
Se por entre os dedos não escoasse a fina areia do relógio.

Houvessem disponíveis todas as horas para realizar a utopia...
Minutos para reconsiderar, mudar de idéia.

O permanente, para o mortal, é tão deprimente ou belo
Que deveria ser o eterno passageiro,
Que deveria ser a passagem fugaz,
Que a chance poderia ser dada uma vez mais.