sábado, setembro 23, 2006

Marcianos

Marte vida ? morte !
honestidade ? só em Marte !

terra vida ? verdade !
honestidade ? só em Marte !

mente humana ? verdade !
fezes ? até quando em Marte !!

alguma esperança ? talvez !

em algum dia os remanescentes de Marte terão sua vez!

Mia floro - texto em esperanto

Mia Knabino...

Havas vi mian koron

Via voĉo, vango kaj ideoj krei mian mensen feliĉan

Vi perfekta? Ne.
Sed mi vidas vi dolĉa, gracia, bela.

Mia amikino...

Mi volas esti vian amanton.

Kredeble mi povos demandin:
Ĉu vi amas min?

Mi havas timon vin respondas: “Ne”.

Mi domaĝas via amikeco.

Preferas resti silenta.

Ankoraŭ tiel, vi estas mia floro.

O esperanto é uma língua internacional que tem como principal proposta ser o segundo idioma do mundo sem privilegiar essa ou aquela nação, além disso é simples e tem uma bela sonoridade.

Luz para essa parte

E então esperemos que o Sol da dignidade nasça
Com esta estrela, que se ilumine essa raça

Que o brilho se intensifique
E novas vidas evite por a pique

E que não mais seja algo comum na característica humana
Aquele que afana

Fuligem

Os olhos sozinhos na penumbra de um ser encolhido
Ácido frio que descarna minha mente
Fogo que arde na panela de pressão da moral e da ética
Gás contido na sala lacrada do meu eu

E não me soltam e não me deixam
Não me deixam respirar

Livre-me, livre-me das algemas!

Não pertenço a esse ou aquele
Não devo a esse ou aquele

Tirem suas mãos, seus olhos, suas bocas ou mesmo suas mentes de cima!
Pois se não é possível desfrutar do melhor de uma companhia
É preferível gozar do prazer triste dos longos e solitários dias

Solidão e liberdade...

Paz, amor e liberdade!

Já houve o primeiro, o segundo é apenas sonho e o terceiro é aquele que não é permitido por essa realidade.

Sephia

Eu era um dia nublado naquele dia
As nuvens se entrelaçavam num desenho ininteligível que mais lembrava uma horda de lobos avançando por sobre a luminosidade.... Era um período estranho.

E o que mais me incomodava era a inacreditável inércia dos indivíduos semi-vivos na rua, seus rostos e corpos indispostos se contrapunham à velocidade dos carros.

E o sol? O sol se fazia de envergonhado como que brincando de esconde-esconde comigo.

E então a vi passando, e foi como um raio de luz na cidade cinza. Seu modo imponente chegando às vezes a arrogância se impunha dentre as ruas bolorentas e tristes superando tudo com extrema leveza e perspicácia.

E passou... O dia voltou a ser feio, e preto, e branco.

E eu nem lhe disse um "olá"...

Os veículos corriam, voltei para o buraco de onde saí.

Me enganaram!

Ensinaram que o amor de verdade existia.
Que ele tão e somente da sinceridade dependia.

Não me disseram que, o que na verdade os corações incendeia.
É tão e somente a beleza física que se delineia.

E que não importa qual o tamanho do sentimento que bate à porta.
Pois se vive em um ambiente onde o diferente se exorta.

Malditos pensamentos enfermos!
Aos infernos!

Dissessem antes que tal situação é um devaneio.
Afinal é bobagem da pessoa amada um carinho sincero ter o anseio.

Mentiram quando me disseram que não deveria eu agir como um reprodutor.
Desgraçada falácia foi aquela na qual eu deveria me importar com os outros e com sua dor.

Mas agora eu sei.
Que o egoísmo neste assunto é rei.
E que cria uma cadeia viciosa
Onde cada individuo acaba com os sentimentos mais nobres, os necrosa.

Agora eu sei.
Que eu deveria ter nascido e crescido como um animal puramente sexual.
Em busca eterna da cópula sem olhar a quem faz o mal.
E assim serei! Sim, eu hei!

Pois quando os sentimentos se esmaga
Quando o peito já há muito derrama sangue e é constantemente estripado por uma adaga.

O azedume se instala
E apenas um sentimento sincero desse limbo me desatola.

Sinceridade?! Nesse mundo é a pior das drogas!
Vale tudo para ter de lascívia algumas horas.
Anda lado-a-lado com a verdade e acabam por desembocar na rejeição.
E a única batida do coração que importa é aquela no momento da ereção.
O mundo é do mentiroso, do canalha e do falso!
E assim todos vivem, fingindo-se de felizes nessa existência sem nexo.

E finalmente, quem sabe, em breve me encaixarei no padrão.
E encontrarei uma incauta, a qual desfrutarei e a jogarei no lixo
Estraçalhando assim, seus sonhos, seu romantismo
Criando assim alguém pior que eu e que perpetuará na sociedade este nicho.

Meu amor.

Vou cantar o amor...
Não o amar genérico, não o amar geral.
Vou cantar o amor por ela.
Por ela? Sim, por ela, pois estas palavras descrevem um sentimento masculino.

Os homens também amam...
Eu amo!

Relato aqui o carinho, a paixão e o afeto.
O prazer de olhar dentro de seus olhos, cada detalhe de sua boca, seu rosto.
A simples alegria de estar ao seu lado e ouvir sua voz.
Sentir o seu cheiro...

E de vez em quando vê-la nervosa.
Contente de estar compartilhando sua rotina, de ouvir seus problemas.
E mesmo assim furiosa: Bela, fascinante, admirável e intensa.

Não é uma estátua perfeita num pedestal.
Não!
É ela simplesmente ela.
Com suas contradições, seus ideais, qualidades e defeitos.
O seu jeito doce, sua voz macia, ou rosto sério que contempla a realidade.

Que tal te beijar, acariciar seus cabelos, falar baixo olho-a-olho?
E mesmo quando por algum motivo seu hálito não estiver bom, vou sorrir e até achar graça.

Maravilhosa, uma beleza incrível.
E quando vos digo beleza, falo não somente de aparência física, me dirijo a você por inteiro.

Desejo-lhe. Quero me unir, sentir a sua pele o seu calor.
Horas e horas, me entregar.
Pois saiba que ali, naqueles momentos intensos, por mais que as idéias lhe fujam, por mais que o mundo pareça deixar de existir.
Eu estarei presente e lhe amarei profunda e sinceramente.

Não prometo amor eterno nem o exijo.
Prometo dedicação sincera, admiração e às vezes uma crítica.

Escrevo este texto inteiro mas, o mesmo pode ser resumido.
Em quatro palavras somente:
“Você é minha flor”.

Os homens também amam?
Os humanos amam?
Eu amo.

As mulheres de um dedo só

Andando pela rua
Vou me deparando
Com mulheres normais até os calcanhares
Mas que tem um dedo só!

Olhando pelas calçadas
Vejo cenas engraçadas
Porque vão tropeçando
As mulheres de um dedo só!

E com o tempo fui notando
Não sem um tremendo espanto
Que para calçar aquele estranho sapato
Terminado em uma única ponta
E cujas laterais com sua pressão
Um pé normal desmonta
Que algumas mulheres
Tem tão e somente
Um dedo só!

Um dedo só, ou melhor
Um único dedão!
Que fica bem no meio do pé
E permite calçar, sem maiores desconfortos
Aquela ponta de apagar cigarros em canto de rodapé

É a única explicação
Qual seria a sua oposição?
Pois quais humanos normais
Usariam tais sapatos
Sem proferir o tempo todo os seus “ais”?

E vou observando que nas ruas elas vão andando
Leves e normais (pelos menos até os calcanhares)
Sempre calçando seus sapatos bicudos
E das ruas vão passando pela terra e pelo pó
As mulheres de um dedo só!

O bonzinho

O bonzinho é legal
O bonzinho tem carinho
O bonzinho é sozinho

Mas não se incomode
O bonzinho, mesmo, só se fode
Embora faça tudo o que deve
Tudo o que pode
Sua mente só erode

A vida é sem caimento
Você do bonzinho não seja ciumento
Pois de todos vem o mesmo julgo
O bonzinho, acham, é o fraco
O pato

Que de coragem é vago
"Bundão" como diz o vulgo

E sempre está tudo bem
O bonzinho é sempre "zen"

E jamais acontecerá o que alguns esperam
Que a tona venha toda a violência
Toda a luta que seus sentimentos travam
Que se revolte com sanguinolência

O bonzinho
Sempre sozinho
Com a consciência da justiça
Senta, chora
Espera
E combate oque o atiça

Mostra a todos que está bem
E que em nada o machucaram
Os reveses, as decepções
Mesmo estando em sua mente
Insistentemente tais frustrações

E recebe, quase sempre, a todos muito bem
O bonzinho
É sempre calmo
O bonzinho
É sempre "zen"

Meu desafio

Te desafio! Te desafio a ser diferente, a pensar diferente e agüentar as conseqüências de tudo isso.

Te desafio a aceitar as diferenças dos outros e a não se preocupar tanto com oque pensam.

Te desafio! Que mesmo fazendo isso mantenha a empatia, a compreensão e que faça dessas a sua verdadeira religião.

Te desafio a mudar de idéia, compreender que suas verdades, quaisquer que sejam, podem mudar num piscar de olhos.

Te desafio a perdoar.

Te desafio a ouvir até mesmo o seu inimigo.

Te desafio que mesmo odiando o mundo todo, não odeie alguém em particular.

Te desafio a dar o exemplo.

A fazer de todas as vidas existentes, humanas ou não, algo sagrado no espaço e no tempo.

Reusando a melancolia

Um pouco de sol, um pouco de ranço
Um pouco de açúcar nas vezes que danço.

Se a vida fosse tão fácil quanto as rimas...
Eu poderia ter um céu anil e o sol morno a me embeber.

Mas já que a vida é afônica só me resta... Viver!

Usando e reusando esta melancolia
Remoendo a saudade daquilo que nunca pude ter.