sexta-feira, outubro 17, 2008

De manhã

Suga o pássaro a seiva da laranjeira.
Luminosos limões frescos orvalhados.
Doce chá de cidreira:
Um vapor que me acolhe.

Na minha cadeira de palha fito a luz...
Ela transpaça as folhas das árvores,
Ilumina a queda d´agua.

Minhas roupas folgadas...
A camisa branca que ofusca minha vista.

Uma brisa fria anuncia um novo dia,
Acaricia minha tez.

Ouço um sibilo, asas batendo ao meu lado:
O passarinho furta-me um biscoito
E voa até o arbusto mais próximo.

Embebido nesta luz
Um sorriso, de leve, transpassa meu rosto morno.

Bom dia...
Bom... Dia...