quinta-feira, setembro 27, 2007

A comuna

Lá onde morei,
Lugar este no qual tive meus acertos,
Onde tantas vezes fui corrigido,
Local onde tantas vezes errei.

Neste ambiente em que não se queria governar,
E sequer um único ser se sentia acuado,
Do capital pecado do Capital jás o povo vacinado.

No terreno em que minha infância gozei
Brincando com meus irmãos de duas, quatro ou sei-lá-quantos pés ou patas,
À tarde o sol vinha lavar com seus raios as nossas faces fartas.

E era o principal querer-se o eu como toda a gente,
Foi fundamental enxergar de tudo seu lado vital.

Onde fiz serem trocadas minhas farpas,
E cultivei minhas rusgas afinal.

E, apesar disso, sabia que o sangue de meus companheiros nunca seria derramado,
jamais veria o seio da terra violentado.

Lugar que erigiu seu tributo a vida,
Também foi de seus crimes o tribunal.

O lucro tinha como métrica a diversidade, a paz (quase sempre) consensual.

Mas eu vou voltar.
Apenas tenho que terminar este trabalho que vim realizar.
Vim trazer essa mesma luz às pessoas deste outro lugar.

Minha doce comuna...
Que saudades...

Companheiros, irmãos, minha vida.
Me aguardem.

Eu vou voltar!